O antibiograma é um exame comum na área da saúde e que serve para identificar o quão suscetível ao efeito de antibióticos é determinada bactéria. Existem diversas bactérias que causam doenças e nem sempre aquele antibiótico específico serve para o combate: é por isso que tantas pessoas acabam tendo um quadro infeccioso generalizado e demorando para se recuperar. É muito importante que o profissional da saúde esteja habituado ao antibiograma e
que saiba como interpretá-lo, mesmo que de forma básica. Esse conhecimento faz a diferença na hora de determinar um tratamento e, claro, de fazer um diagnóstico.
Qual é o material usado no antibiograma?
A análise das bactérias e a consequente definição do antibiótico adequado pode ser feita com urina, muco, sangue e fezes. Como se nota, é relativamente fácil
conseguir o material para analisar o tipo de infecção que acometeu o paciente. Porém, há casos nos quais o médico precisa avaliar diretamente o órgão
infeccionado e, nesse caso, é preciso realizar uma espécie de biópsia para retirar um pouco das células. Na maioria das vezes, entretanto, os outros materiais
mencionados são o suficiente.
Como interpretar um antibiograma
Quem analisa o resultado de um antibiograma precisa se focar no crescimento ou diminuição das bactérias. Durante o exame, as bactérias em questão são colocadas em contato com antibióticos e deixadas por até cinco dias em avaliação. Passado esse tempo, deve-se confirmar se essas bactérias diminuíram ou se ocorreu a multiplicação. Se elas diminuíram, significa que aquele antibiótico seria eficaz no organismo do paciente e, então, deve começar a ser ministrado. Por outro lado, se as bactérias aumentaram, significa que elas continuam se proliferando e será necessário tentar um outro antibiótico. Normalmente, a amostra de bactérias é dividida em alguns “lotes” e estes são submetidos a antibióticos diferentes, ao mesmo tempo. Dessa forma, o médico pode escolher, dentre os que mostraram resultado, qual deve ser oferecido ao paciente. Muitas vezes, a bactéria pode ser combatida por mais de um tipo de antibiótico, mas um deles tem efeito mais rápido, outro tem mais efeito colateral, etc. Com essa gama de opções, o profissional determina qual vale mais a pena para a pessoa que
está sendo tratada.
Quando o antibiograma deve ser feito?
O ideal é que o médico solicite o antibiograma antes de iniciar um tratamento. Porém, há casos nos quais o paciente apresenta uma infecção consideravelmente leve, como na garganta, mas não apresenta melhora com os antibióticos geralmente usados no caso.
Em quadros desse tipo, o médico deve pedir o antibiograma para conferir se não há outro tipo de bactéria em outras partes do corpo e que estão desencadeando sintomas parecidos com o da infecção de garganta. O paciente que vai ao hospital, começa um tratamento com antibiótico e não
percebe sensível melhora pode retornar ao consultório e, dependendo da gravidade do quadro, o médico tende a solicitar a realização de um antibiograma,
principalmente em idosos, em bebês e em pessoas que estão apresentando forte quadro de febre.